domingo, março 26, 2017

Hoje é o Purple Day!
Um dia em que se pretende consciencializar a sociedade para a Epilepsia.
A epilepsia afeta diversas funções mentais e físicas e é uma condição muito comum, ocorrendo em cerca de 65 milhões de pessoas em todo o mundo.
Em Portugal, estima-se que a epilepsia afete 4 a 7 mil habitantes. Contudo, o número de pessoas que, não sendo epiléticas, pode ter uma crise convulsiva durante a vida é de cerca de 1 em cada 20.
quinta-feira, maio 30, 2013
Sonetos do RegressoI 

Volto contigo à terra da ilusão, 
mas o lar de meus pais levou-o o vento 
e se levou a pedra dos umbrais 
o resto é esquecimento: 
procurar o amor neste deserto 
onde tudo me ensina a viver só 
e a água do teu nome se desfaz 
em sílabas de pó 
é procurar a morte apenas, 
o perfume daquelas 
longínquas açucenas 
abertas sobre o mundo como estrelas: 
despenhar no meu sono de criança 
inutilmente a chuva da lembrança. 

II 

Acordar, acender 
o rápido lampejo 
na água escusa onde rola submersa 
como o lodo no Tejo 
a vida informe, peso dúbio 
desse cardume denso ou leve 
que nasce em mim para morrer 
no mar da noite breve; 
dormir o pobre sono 
dos barbitúricos piedosos 
e acordar, acender 
os tojos caudalosos 
nesta areia lunar 
ou, charcos, nunca mais voltar. 

Carlos de Oliveira, in 'Cantata'




terça-feira, agosto 28, 2012
Hoje "roubei" as palavras da Martha Medeiros porque tive preguiça de usar palavras minhas para dizer o que sinto...



A TRISTEZA PERMITIDA 



Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como? 

Você vai dizer “te anima” e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra. 

Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra. 

A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido. 

Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa. Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente – as razões têm essa mania de serem discretas. 

“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não me importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia. 

Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor – até que venha a próxima, normais que somos.


Martha Medeiros

imagem retirada da net
terça-feira, agosto 07, 2012
Não vinha aqui há tanto tempo e qual é o meu espanto quando aqui entro e chego à conclusão que não percebo nada disto... Mudaram tudo, tenho que ir tirar um curso para perceber como é que isto funciona. Quero o antigo blogguer de volta se faz favor!!!
segunda-feira, janeiro 02, 2012
Hoje aconteceu-me uma situação que me incomodou e que me leva a acreditar cada vez menos no que vejo e leio por esta net fora.
Em Março de 2010 coloquei aqui um texto que recebi por email e que resolvi reproduzir porque  vinha com o nome do autor,( pensava eu que correcto... como se pode ver pelo que escrevi)
Chamava-se segundo e email  "A Raça do Alentejano".Podem vê-lo clicando AQUI.

Hoje recebi o seguinte comentário a este texto:

Constatei hoje por acaso que publicou no seu blog um texto da minha autoria «O ALENTEJANO» a que V.Ex.ª deu o título «A RAÇA DO ALENTEJANO» mas onde não vem identificado o nome do autor, ao contrário do que menciona no início do seu post.

Este texto foi escrito em 8/4/2008 e foi publicado no meu blog REXISTIR (http://comunidade.sol.pt/blogs/contracorrente/archive/2008/04/09/O-ALENTEJANO.aspx) e nos jornais Primeira Linha, jornal de Arronches e Jornal do Alto Alentejo.

É um texto complementar do texto ALENTEJO (http://comunidade.sol.pt/blogs/contracorrente/archive/2007/12/23/ALENTEJO.aspx), escrito em Dezembro de 2007, que foi publicado na revista Alentejo, no jornal Primeira Linha e A Ponte e que também por aí circula com o nome de outra pessoa.

E se há coisas que revoltam uma pessoa é nós vermos uma coisa que fizemos ser apropriada por terceiros.

Agradecia-lhe, por isso, não só que corrigisse mas também que divulgasse a informação junto dos seus leitores.

ALENTEJO : http://o-alentejo.blogspot.com/

O ALENTEJANO : http://aracadoalentejano.blogspot.com/

Santana-Maia Leonardo


Ora bem...parece que o senhor não reparou no que eu escrevi no final do texto e que reproduzo de novo agora:


Já conhecia o texto mas na altura não trazia o nome do autor e por isso não o coloquei aqui mas desta vez, espero que seja o correcto, vem com autor identificado  (ver 1ª imagem) e resolvi partilhá-lo convosco porque sou uma alentejana orgulhosa da sua "raça"!!


O texto vinha com essa imagem incluída em que se refere que o texto é de Luís Afonso.  Assim sendo tomei a informação como correcta apesar de reforçar que esperava que fosse correcta essa informação.
O autor do texto tem toda a razão em se sentir revoltado mas nunca comigo porque fui bem explícita quando reproduzi o texto e fi-lo com a melhor das intenções por o achar muito bem escrito e concordar com a sua visão dos alentejanos.  Não fui eu que lhe dei o título, não o publiquei sem identificação do autor e fui bem clara a referir esse pormenor. Apesar disso e tal como me pede aqui fica a rectificação e a divulgação de quem é o verdadeiro autor.
Só espero que não venha agora outra pessoa dizer-me que o texto é dele e que tenho que voltar a rectificar...


Conclusão:POR MUITO QUE GOSTE DE UM TEXTO NUNCA MAIS O INCLUO NEM AQUI NEM EM QUALQUER OUTRO BLOGUE OU PÁGINA MINHA. NÃO VOLTO A PASSAR POR UMA SITUAÇÃO DESTAS.

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